SOS
VAGINISMO
Vamos falar sobre a saúde sexual das mulheres?
Tem certeza que não é só medo?
É assim mesmo, mulher sofre.
Ah, é falta de vontade...
Deixa de frescura!
Você é muito frígida!
Sentir dor na relação não é normal, mas pode ser vaginismo: um transtorno sexual doloroso que atinge cerca de 7% das mulheres no mundo.
O que é vaginismo?
Contração involuntária e recorrente da musculatura do assoalho pélvico, impedindo total ou parcialmente a penetração. Não tem cura, mas tem tratamento.
Penetração
(pênis, brinquedos, absorvente interno e dedos)
Exames ginecológicos de rotina com uso de espéculo, cotonete ou similares
Quais são as causas do vaginismo?
As causas podem ser muitas. Entre elas, podemos citar:
Ansiedade
Fraqueza da musculatura pélvica
Abuso sexual
Medo excessivo de engravidar
Religião
Traumas diversos
Por que não falamos disso?
Porque o tabu é enorme. Basta ver quantos nomes depreciativos dão para um órgão:
Borboletinha
Perseguida
Aranha
Florzinha
Joia
Tesouro
Perereca
Menininha
Periquita
Princesinha
Vamos nos conhecer?
Fonte: Dra. Claudia Milan (@sosperineo)
Fonte: Dra. Claudia Milan (@sosperineo)
Diagnóstico
Feito principalmente por ginecologistas, que identificam o problema no consultório, e fisioterapeutas pélvicas, que realizam o tratamento em sessões de fisioterapia.
Acontece por meio de um exame físico. Também são solicitadas informações sobre desejo sexual, lubrificação, excitação e percepções da paciente na área vaginal.
Entende-se que a paciente tem o vaginismo quando, por pelo menos seis meses, apresenta:
Tratamento
O vaginismo não tem cura, mas tem tratamento. O tratamento pode envolver psicólogas e psiquiatras, mas acontece, principalmente, por meio da fisioterapia pélvica. Algumas técnicas usadas são:
Cinesioterapia
Dilatadores
Terapia de calor
Eletroestimulação
Resultados
Ainda são necessários mais estudos sobre o vaginismo, mas já sabemos que os benefícios do tratamento são enormes, incluindo melhora da autoestima e do autoconhecimento.
Vida sexual feliz e satisfatória = Vida mais feliz
Fonte: OMS
Saiba mais: vaginismo na mídia
Fonte: Fantástico (2019)
Vamos falar sobre vaginismo?
Esta campanha, criada por Paula Ribeiro, foi feita como parte das avaliações da disciplina Criação em comunicação e publicidade, da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), ministrada pela professora Abra T. Afraa no semestre letivo 2022.1.
Apesar de há muito conhecido, o vaginismo ainda é pouco estudado e falado. Por isso, fica o convite: vamos falar de vaginismo e espalhar informação por aí?
Caso precise de ajuda, procure uma médica ginecologista. Sentir dor na relação não é normal.